Karina só pensava em ir pra casa. Sabia que o vazio a possuiria novamente, mas precisava pensar, precisava organizar tudo o que estava em sua cabeça.
Ela tinha certeza de que não conhecia o autor do bilhete, mas algo naquela letra e também na voz a fazia se sentir familiarizada com ele...
É claro que ele não ia resolver todos os seus problemas, mas algo fazia com que Karina depositasse todas as suas esperanças nesse ilustre desconhecido, que dizia querer ajudá-la.
Finalmente era a hora de ir pra casa, mesmo com toda aquela chuva, ela estava animada a sair dali, tentar encaixar tudo em seu novo quebra-cabeças. Pelo menos isso a fazia parar de pensar em Fred...
(Aline Gabriela)